Sancho Pança lida com a derrota de Dom Quixote de maneira equilibrada, oscilando entre o realismo e o apoio às ilusões de seu mestre. Ele tenta trazer Dom Quixote de volta à realidade, mas também participa das aventuras imaginárias para apoiar seu mestre. Sua reação varia entre preocupação, lealdade e momentos engraçados.
Um dos momentos em que a amizade entre ambos se evidencia é quando Sancho, em um diálogo com uma senhora aristocrata – a duquesa – manifesta sua total fidelidade a Dom Quixote, mesmo que isso ponha em risco o tão almejado governo de uma ilha, algo que ele sempre desejou. Essa relação de amizade, fiel e sincera, aparentemente inviável, é um dos aspectos mais memoráveis do romance.
Apesar das divergências, Dom Quixote e Sancho Pança se respeitam e admiram-se mutuamente. Se encontramos no livro as loucuras do cavaleiro, também encontramos “as situações mais admiráveis”; se encontramos as previsíveis prudências de Sancho, também encontramos “as mais verossímeis”. Sobretudo, há na história, momentos impagáveis de amizade, ensinamento e de convivência entre as duas personagens.
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